segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

A CIÊNCIA NA ERA TECNOLOGICA



No século XX a pesquisa cientifica levou ao desenvolvimento de novas tecnologias que revolucionaram o mundo, trazendo impressionantes avanços nos transportes, nas comunicações, na indústria e na agricultura. Todo esse progresso conduziu á expansão econômica mundial, mas pouco dele destinou-se a combater a pobreza, a fome e as doenças. No mundo atual, a ciência tem sido colocada mais a serviço daquele que pagam do que a serviço das necessidades social mundial. No relatório sobre o desenvolvimento mundial 1999 afirma-se que, na agenda de pesquisa em biotecnologia, o dinheiro fala mais alto do que a necessidade, apontando o contraste existente entre os tímidos investimentos atribuídos a investigações de doenças tropicais e a vacina contra o HIV/AIDS: “cosméticos e tomate de amadurecimento lento assumem prioridades em relação à vacina contra a malária e às colheitas resistentes à seca em regiões periféricas”. Muitos países vêem tentado harmonizar suas políticas científicas e tecnológicas com as necessidades socioeconômicas, procurando identificar os desafios futuros. No entanto, mesmo na maior parte dos países periféricos, as pesquisas se orientam para atender às necessidades das indústrias e das grandes empresas transnacionais, às quais já são oferecidos subsídios e outras vantagens. Sem ciência e tecnologia, um país está condenado ao atraso e à dependência. Como os países subdesenvolvidos têm acesso limitado aos setores dinâmicos do conhecimento, o crescimento das desigualdades tem sido inevitável: aumentam as diferenças entre países pobres e ricos, e milhões de pessoas são marginalizadas pela falta de acesso às novas tecnologias, entre elas a internet. O comércio de novas tecnologias e a lei da propriedade intelectual, assim como a legislação sobre royalties e patentes, ilustram essa situação: são realizadas com pouca participação dos países subdesenvolvidos.




Nenhum comentário: